segunda-feira, 14 de março de 2016

Terceiro Desejo - Maturidade

"A maturidade começa a manifestar-se quando sentimos que nossa preocupação é maior pelos demais que por nós mesmos." - Albert Einstein

O que seria a maturidade?

O conceituar a maturidade, a priori, se parece com a tentativa de conceituar o "bom" e o "mau", damos exemplos dos atos, mas não conceituamos a idéia. Porém, vou conceituar maturidade como qualidade do domínio do auto conhecimento e conhecimento sobre o entorno.

Para simplificar com exemplos, uma pessoa pode ser mais ou menos madura de acordo com o conhecimento de si, do meio onde se encontra e da interação com os demais.

Essa maturidade não vem, como muitos pensam, pela idade, mas sim pelo conhecimento advindo de estudos (não apenas leitura simples), o contato com uma variedade de pessoas e, claro, a sua habilidade de ouvir mais e falar menos por assim dizer.

Em suma, a maturidade vem do conhecimento adquirido pela pessoa e o uso que ela faz desse conhecimento (afinal, um baú cheio de riquezas é inútil se não há modo de abrir).

E não há como negar que ansiamos pela maturidade, mas, infelizmente, é muito mais comum que se deseje a maturidade dos outros e não a nossa, pois crescemos em meio a uma sociedade que força suas normas morais irracionais e, assim, deixamos de lado nosso próprio processo de maturação para nos defendermos dos ataques externos.

Assim, automaticamente, esperamos a maturidade social enquanto nos esquecemos da nossa própria maturidade. Não há maturidade social sem que haja a nossa própria maturidade, pois o início da mudança deve vir do nosso âmago. Portanto nós temos o dever de maturar, de angariar mais conhecimento, mudando, assim, nossa própria visão do mundo.

Temos que apurar nossa consciência social nos utilizando do estudo dos autores que se prestaram a analisar a sociedade e colocar em termos lógicos e racionais o modo pelo qual podemos melhorar nosso meio através de nossas ações.

Por fim, nosso desejo de maturidade, caso se disponha mais tempo para uma análise profunda, anseia por nossa própria evolução, ou seja, no fundo queremos a nossa própria maturidade acima da maturidade social, mas por outros fatores (medo, inconsciência e/ou ego) externamos apenas o nosso desejo pela maturidade dos outros sem que dediquemos tempo à nossa própria evolução.
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sábado, 5 de março de 2016

Quanto ao binarismo...

"A verdade é filha to tempo, não da autoridade" - Galileu Galilei
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quarta-feira, 2 de março de 2016

Ano Bissexto Em Um Gif


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Segundo Desejo - Carinho

"Conhecer os outros é sabedoria. Conhecer-se a si próprio é sabedoria superior." - Lao Tse
O carinho e a segurança, por muitas vezes se entrelaçam e podem se confundir, mas o carinho como raiz de desejos é independente.

Ele se fundamenta em forma de querer ser importante às outras pessoas ao mesmo passo de querer se dispor às outras pessoas. Poderia-se falar até, na graduação de carinhos por assim dizer, pois podemos se carinhosos com amigos, familiares, amantes, etc...

Porém é importante salientar que esses carinhos são independentes. Não há entrave lógico aparente que o impeça de tratar seus amigos com o mesmo carinho de que trata irmãos, os únicos obstáculos para tanto são os impostos de forma ilógica, seja pela outra pessoa em sua inabilidade ou insegurança ou por você em sua insegurança e inabilidade.

Desejamos ser carinhosos com outras pessoas, assim como receber esse mesmo carinho, porém, vemos que tal comportamento é, infelizmente, restrito à modelos irracionais enfiadas na nossa criação como - "Não podemos tratar o amigo ou amiga com muito carinho, pois eles podem confundir com interesse amoroso".

Pois bem, o desejo de carinho é puro e simplesmente desejo de carinho, é independente de "modelinhos" de carinho, não possui catálogo de tipos e subtipos, mas sim de graduações, pois à livre arbítrio e de acordo com a "combinação" (ou "bater o santo", como dizem), pode se ter "mais carinho" por uma pessoa e "menos carinho por outra", e, em nossas vidas, confundimos essa graduação com tipos como "carinho de mãe", "carinho de irmão", "carinho de amante", etc...

Muitos de nós, mesmo que inconscientemente, "achamaos ruim" ou nos revoltamos com o fato de "não poder" ser carinhoso com alguém simplesmente por ser carinhoso, "não podemos" tratar um amigo como irmão, pois temos irmãos sanguíneos e tratar amigos como irmãos significaria (em um pensamente completamente irracional) rebaixar o "status" da relação (note-se a motivação do ego).

Essa "revolta" que sentimos é muito importante, pois disto nasce o desejo de "maturidade" nos outros e em (o bem mais raro) em sí. Afinal, ações tomadas com base racional, lógica e até desapegada podem ser consideradas maduras e esta maturidade traz terreno sólido para estabelecer relações entre pessoas, mas falarei desta maturidade mais profundamente no próximo post.

O carinho é uma das nossas raízes donde nascem nossos desejos e, por mais que alguns tentem negar pelos mais variados fatores (em sua maioria, a motivação é a insatisfação do desejo de segurança), queremos dar e receber carinho, faz parte da interação humana.

_ "E o que devemos fazer? Devemos ser carinhosos da forma como desejamos com a pessoa, não importando o que ela sente por nós? " - Idealmente? Sim, devemos fazer isso, porém sabemos que não é fácil, pois sabemos quais são as opiniões (ilogicamente estúpidas, diga-se de passagem) sociais sobre isso, e vivemos na incerteza se a pessoa alvo deste carinho "concorda" com essas opiniões ou não (sabemos que uma pessoa sã, mesmo que inconscientemente, estaria insatisfeita com esses "dogmas" sociais, mas ainda existe a diferença entre as pessoas que "praticam" os dogmas e as que se revoltam contra esses dogmas).

O que devemos fazer neste momento, portanto, é o que acabamos muitas vezes aprendendo enquanto vivemos que seria "tatear" e conhecer melhor a pessoa antes de exercer o carinho que temos por elas.

Eu mesmo já encontrei algumas pessoas receptivas, mas a maioria está fechada em um casulo, com medo que sejam machucadas novamente.

Para essas pessoas eu dedico meu esforço para que se conheçam melhor, saibam que a segurança que procuram está em vocês mesmos, vocês tem condições para construir uma base sólida em sí sem a necessidade de se fechar à todos. Exerça seu carinho de forma livre com as pessoas que não se importam com as "razões irracionais" que a sociedade impõe. Podemos sim ter irmãos que não são de sangue, ser carinhosos sem nos confundirmos com "interesseiros amorosos".

Temos de nos livrar das amarras dos pensamentos irracionais e praticar o carinho em sua mais livre forma. Seja sempre carinhoso com você mesmo e com as pessoas que lhes são próximas, pois essa é uma das liberdades que, quando alcançadas, trazem a felicidade que muitos almejam e as chaves desses grilhões estão com você mesmo.
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