segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Binarismo

"Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar" - William Shakespeare

Bem e mal...

Já notaram que crescemos com esses dois conceitos das mais variadas formas, mas não conseguimos definir com conceitos, mas sim com exemplos?

Arrisco dizer que essa simplificação do mundo contamina todos os nossos assuntos do dia a dia sem que notássemos.Incorremos nestes erros e continuamos errando devido à muitas outras coisas, como o ego citado no post anterior.

Se pararmos para observar mais, veremos que muitas pessoas adotam o binarismo no dia a dia, seja de forma mais radical (ex.: Se você não vota em candidato x, você apoia y que tudo bandido) até a "menos" radical (ex.: mocinho e bandido no cinema).

Na rotina diária notamos, caso você esteja atento, que todos ao nosso redor incorrem nesses binarismos, alguns mais esdrúxulos para os dias de hoje como "Fulana não casou ainda, vai ficar pra titia" ou "Beltrana muda de namorado toda hora, vai ficar falada" e outros mais sutis como "Ele quer ir num bar sozinho com você? Toma cuidado que ele pode querer fazer alguma coisa". Por causa da nossa rotina e criação, é comum que não notemos essas nuances e, a não ser que sejam muito esdruxulas, não as questionamos.

O binarismo é sim um fenômeno comum, mas que deve ser questionado, afinal que mal tem alguém que em seus 30 ou 40 anos não casou ainda? Achar alguém que combine, que seja um par ideal, com você não é fácil, afinal existem outros detalhes que devem ser acertados de preferencia antes de dar o passo seguinte (como autossatisfação, autocrítica, autoconhecimento um pouco mais elevado). Tanto o é, que já chegamos a ler em jornais e outras mídias que o número de divórcios só aumenta.

Criando um vácuo entre um extremo e outro, perdemos as soluções dos nossos problemas, da verdadeira simplificação da problemática, e quando nos dispomos à ver o leque de opções e questionar as alternativas extremas sendo que temos um leque de outras soluções, somos criticados duramente por alguns defensores desses binarismo.

E essas críticas geralmente não saem de um "se não está comigo, está com eles" e isto, ao meu ver, sai de uma defesa do cômodo, característica inerente à todos nós, tanto física como mental e psicológica.

Sim, temos que admitir que temos preguiça para tudo e essa preguiça nos deixa no automático empregando até o ego para nos colocar numa posição mais confortável.

Mas vou dizer uma coisa... A partir do momento que quebramos essa barreira cômoda e "automática" abrimos as portas das salas escuras do nosso ser. Passamos a questionar tudo e todos mesmo que inconscientemente,  passamos à ouvir mais e falar menos, passamos à ter mais um tipo de foma além daquela do nosso corpo.

Faça essa experiência, pense e questione pra si dentro de si, questione você mesmo e depois passe a questionar os outros, procure por quem também questiona e questionou, veja o que eles encontraram como respostas.

Passe à procurar e me diga o que achou.

Abraços!







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